Postado por ladht em 28/09/2010
Não confundindo com a Revista Vida Capichaba, lançada em 1923 e finalizada em 1957, a Revista Capixaba, lançada em 1967, traz em seu conteúdo todas as peculiaridades da sociedade das décadas de sessenta e setenta. A revista surge, segundo seus editores, porque o Estado necessitava de um veículo de comunicação eficaz para traduzir suas “conquistas e progressos”.
Nos exemplares vistos no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, é clara sua identidade gráfica, já explícita na unidade de suas capas. Podemos ver que a assinatura da revista sempre na mesma posição, variando apenas na cor, junto que o mesmo tipo de fotografia, com quase sempre de figuras jovens femininas, a maioria da alta sociedade, era a característica dessas capas. As chamadas também usavam comumente textos em caixa alta e em itálico com algumas incidências de textos sublinhados. (mais…)
Postado por ladht em 28/09/2010
Continuando minha pesquisa, deparei-me com uma história que até então não conhecia bem. Vi o quanto importante é para nós estudar o nosso Estado e a nossa cultura. Em uma das minhas visitas ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES), constatei a importância do nosso projeto como um todo que inclui divulgar, preservar e recuperar o nosso acervo, a nossa história. Poderemos reunir tudo ou o máximo possível, de uma forma que possamos saber quem somos e de onde viemos. Assim como na história estudamos o passado para entender o presente e para onde poderemos ir no futuro.
Estava lendo o material do historiador Heráclito Amâncio Pereira que reune em um inventário, diversos dados sobre jornais, revistas e outras publicações impressas que circulavam em todo o Estado do Espírito Santo no período entre 1840 e 1926. Este trabalho intitulado “A Imprensa no Espírito Santo”, foi publicado pelo próprio IHGES e apresentado no oitavo Congresso de Geografia, em 1926. Na ocasião, foi considerado por José Antônio Martinuzzo em seu livro “História da imprensa no ES”, um “estudo cuidadoso de grande alcance para a vida social e política do Espírito Santo”. No trabalho estão registradas mais de 400 publicações. Provavelmente havia outras, mas, já naquela época, existia dificuldade em se encontrar os exemplares, sendo esses os que foram encontrados por Heráclito. Daí foi a primeira catalogação da imprensa capixaba. Já havia sido feito uma anteriormente porém era deficiente e possuía erros. 1926 é o período onde uma série de mudanças gráficas ocorrem no projeto gráfico do Instituto.
Fatos a serem estudadas. Em breve teremos mais certeza sobre o que nos rodeia deste universo antigo e rico da nossa vida capixaba.
Paulo Reckel – Setembro, 2010
Postado por ladht em 28/09/2010
Na pesquisa que fazemos no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, encontramos uma revista que era um periódico com circulação nacional e internacional, a Revista de Educação. Com seus primeiros números datados em 1934, a Revista era um periódico que circulava em todo o Brasil e também com publicações em Lisboa, Portugal. Em cada região publicada, o grupo de redatores era diferente, uma vez que o conteúdo da revista correspondia aos acontecimentos locais. No Espírito Santo, havia dois núcleos de redatores, um em Vitória e outro em Cachoeiro de Itapemirim.
A temática da revista era exatamente a educação escolar. Tratava-se de uma publicação a cargo do Serviço de Cooperação e Extensão Cultural do Departamento de Educação, com o intuito de divulgar métodos e processos de ensino, naquela época considerada contemporâneos. A direção da revista era responsabilidade da Secretaria de Educação, Sedu, que no período de início da revista tinha como secretário de educação Anulpho Mattos. (mais…)
Postado por ladht em 27/09/2010
Após algumas edições, desde o lançamento do Jornal, na edição número 5 do ano de 1944, surgiu por iniciativa da professora Juraci L. Machado, a idéia de fundar uma rádio, a PRG-4, que no início não era propriamente uma rádio, mas uma seção que a partir do vigésimo número ocupou permanentemente a última parte do jornal.
A “rádio” obtinha lucro com as propagandas que fazia de forma indireta, por meio de versos. Ao criar essa seção foi pensado o nome rádio, como referência as propagandas veiculadas nesse meio, feitas oralmente e representadas no jornal sob a forma de poesia para representar essa oralidade. (mais…)
Postado por ladht em 27/09/2010
Através do jornal, percebe-se o interesse dos alunos da Escola Técnica de Vitória em rimas, poesias. Em quase todos os exemplares do jornal E.T.V., foram publicadas poesias dos alunos de diversas oficinas. Essas poesias contavam do cotidiano dos alunos, algumas sobre suas cidades de origem, outras sobre colegas de classe (essas muito comuns), enfim diversos assuntos.
É interessante analisar como as poesias eram diagramadas pois elas pareciam seguir um padrão. Na maioria das vezes em que eram publicadas, as linhas tipográficas dos versos iniciava-se em capitular e havia uma preferência pelo uso de quadras com o uso de uma linha tipográica como espaço entre as quadras e as vezes até quadras em recuo para se marcar graficamente uma quadra da outra. Utilizava-se também constantemente o uso dos três pontos para passar a idéia de pausa ou pensamento inacabado e a combinação das rimas quase sempre se dava em ABCB. (mais…)