A sociedade capixaba dos anos 60 e 70 em Revista

terça-feira, 28th de setembro, 2010.

Não confundindo com a Revista Vida Capichaba, lançada em 1923 e finalizada em 1957, a Revista Capixaba, lançada em 1967, traz em seu conteúdo todas as peculiaridades da sociedade das décadas de sessenta e setenta. A revista surge, segundo seus editores, porque o Estado necessitava de um veículo de comunicação eficaz  para traduzir suas “conquistas e progressos”.
Nos exemplares vistos no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, é clara sua identidade gráfica, já explícita na unidade de suas capas. Podemos ver que a  assinatura da revista sempre na mesma posição, variando apenas na cor,  junto que o mesmo tipo de fotografia, com quase sempre de figuras jovens femininas, a maioria da alta sociedade, era a característica dessas capas. As chamadas também usavam comumente textos em caixa alta e em itálico com algumas incidências de textos sublinhados.
De conteúdo extenso, a revista trazia editorias de cinema, política, turismo e colunas de moda, onde eram aplicadas ilustrações e fotografias. Alguns dos exemplares encontrados no Arquivo Público chegavam a ter mais de cem páginas. É interessante notar também, em algumas edições, matérias sobre o uso da pílula anticoncepcional, por exemplo, tema ainda sendo discutido de maneira polêmica.
Curiosamente, sua produção gráfica era realizada no Rio de Janeiro. A partir de 1969 a revista utilizou como publicidade a nova tecnologia que implantara para impressão: a transição da máquina tipográfica para offset foi um grande marco para a história da Revista Capixaba, que naquele momento, igualava-se ao nível de qualidade de impressos de outros estados. O novo recurso incentivou mudanças no projeto gráfico e também no conteúdo jornalístico.

Marília Alves de Melo – Setembro, 2010

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