Postado por ladht em 30/01/2011
Encontrava-se comumente na página do editorial da revista Vida Capichaba, até meados de 1930, seu texto diagramado de maneira expressiva, em formatos geométricos variados. Muitas vezes com um box no centro podendo conter o título, uma imagem ou até outro texto. É o que chamamos de “olho”.
Postado por ladht em 13/12/2010
Seguindo a metodologia do Nigráfica para levantamento e análise de materiais gráficos, realizamos o levantamento fotográfico de todo o acervo que estudamos e começamos a desenvolver uma ficha de análise deste material. Esta ficha foi desenvolvida com base na ficha elaborada para análise da Revista Vida Capichaba. No decorrer do desenvolvimento desta ficha, percebemos que algumas informações coletadas se repetiam ao longo das edições do jornal E.T.V. (nosso objeto de análise). Percebemos, portanto, que se elaborássemos uma ficha com as informações gerais e as que se repetiam, pouparíamos tempo e nos concentraríamos no diferencial de cada edição.
Assim passamos a desenvolver esta ficha que denominamos “ficha única” que contém as informações comuns. Mediante novos testes realizados com a ficha de coleta de dados, notávamos informações que poderiam ser inseridas na ficha única. Nestes testes percebemos também que os títulos das seções fixas do jornal, mudavam com uma certa freqüência e este dado poderia ser útil para nosso estudo. Passamos então a elaborar um catálogo com todas as imagens dos títulos das seções (imagens que apresentavam mudanças em relação a versão do título anterior). Este catálogo passou a fazer parte da ficha única e cada versão de título foi numerada. Essa numeração passou a ser utilizada na ficha de coleta de dados.
Esse conjunto de informações gerais, informações que se repetiam e o catálogo de títulos formam a ficha única. Ela nos auxilia na coleta de dados e evita que gastemos muito tempo presos a informações repetidas, agilizando assim nosso trabalho e enriquecendo-o por meio deste catálogo de imagens.
Postado por ladht em 07/11/2010
Em Setembro de 1961, surge a primeira edição do jornal O Eteviano, órgão dos ex-alunos da Escola Técnica de Vitória, que trouxe consigo a lembrança do principal jornal de circulação da escola o E.T.V. O jornal era trimestral e tinha por objetivo trazer notícias de ex-alunos, professores, vitórias daqueles que fizeram parte da história da Escola, além de seções sobre literatura, esportes – que faziam lembrar as características do jornal “E.T.V.”. Traz lembranças de uma boa época (segundo eles) de aprendizado e conquistas.
Agora não mais um jornal de caráter estudantil, mas de uma associação de ex-alunos com experiência nas áreas que estudaram, em sua época na Instituição. Experiência citada nas matérias do próprio jornal O Eteviano, que por meio do deste, oferece um retorno do aprendizado que tiveram no período de estudantes.
Na 6ª página desta primeira edição, Wilson Trindade fala sobre esse novo desafio:
“O Eteviano, órgão oficial dos ex-alunos. Jornal diferente que os ex-alunos têm a honra de receber. O trabalho desta confecção infelizmente não é notado. O esforço empreendido por cada um que trabalhou nesta edição foi impressionante. Milito na Imprensa há bastante tempo e sei o trabalho que dá para se fazer jornal. As contrariedades são várias e, se os idealizadores não tiverem um espírito prevenido do que pode acontecer, eles desistirão logo de início. Portanto, o esforço de cada um sobrepujou os inconvenientes apresentados. Conseguimos alguma coisa de útil; se não agradamos em cheio, pelo menos fizemos todo o possível, esmerando e assimilando tudo o que aprendemos para premiar a sociedade com o que há de melhor – que é a expansão de nossa modesta cultura” (O Eteviano, nº1,p.6, 1961).
Danúsia Peixoto – Novembro, 2010
Postado por ladht em 01/10/2010
O Nigráfica visitou o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – APEES, para estudarmos como podemos colaborar mutuamente nos nossos projetos. Nos encontramos com o coordenador de documentos manuscritos e audiovisuais e cartográficos, o historiador Michel Caldeira de Souza e a assessora técnica e também membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, a historiadora Juliana Sabino Simonato. Através do trabalho voluntário dos alunos do Projeto PIBIC|PIVIC |Ufes e, possivelmente com colaboração de outras áreas que também estão em contato com o APEES, nós ficamos animados com a ideia de estarmos mais próximos do Arquivo Público, espaço precioso da memória gráfica capixaba.
Heliana Pacheco — Outubro, 2010
Postado por ladht em 29/09/2010
As palavras têm poder e podem dirigir a leitura. Uma técnica interessante que tomou espaço considerável na transmissão da informação foi a Ilustração Tipográfica. Esta prioriza a imagem que simboliza a informação a ser repassada, contendo em sua construção caracteres que a compõem. Uma artista que se pode destacar neste meio é Keira Rathbone. Ela monta sua obra a partir de uma máquina de escrever antiga que adquiriu em um bazar. Para idealizar seus desenhos, ela tecla letras diversas vezes em uma determinada posição a fim de criar sobras e compor a imagem prevista. A duração de uma composição detalhada pode chegar até 90 horas.
Ainda que esta seja uma das formas de se usar as letras em um papel, não é a única. O locutor de um texto consegue de forma discreta dirigir a leitura e entonação de voz de seu leitor. A fonética de palavras com sufixo semelhante, em um poema, dá formação às rimas construindo para o texto um ritmo de leitura quase musical. Estas pequenas regras de construção podem direcionar a leitura, de acordo com a intenção do escritor do texto, gerando um clima emotivo sobre a obra. O jornal “E.T.V.” utilizou tal recurso quando, em sua composição, adicionou poemas produzidos pelos alunos da escola, incluindo-os em uma de suas seções. Como bem pode exemplificar a imagem da quinta página do jornal de circulação interna, da edição de número 19, de abril de 1945, na seção “Ao léu do tempo”.
O papel do designer gráfico não se limita apenas as formas de composição textual. Ele ainda pode recorrer a estilos de escrita baseando-se, por exemplo, na fonética das palavras utilizadas em um poema, assim como dito anteriormente. Tal recurso poderia ser realizado com a ajuda de simples elementos já existentes, tais como o “negrito”, “itálico”, “corpo” e “sinais ortográficos”. Assim como a Keira Rathbone, mencionada no início do texto, o designer pode validar os caracteres existentes em seu repertório dirigindo a leitura e guiando a entonação de voz de seu interlocutor. Uma forma de exemplificar esta sentença seria o modo de grafar uma palavra que deveria ser dita em voz alta, porém, no papel se utilizaria o recurso da caixa-alta. Torna-se IM-POR-TAN-TE ver a forma de se expressar através da escrita, blá-blá-blá …
Patrícia Campos — Setembro, 2010.