O acervo e a importância histórica do Jornal E.T.V.

quinta-feira, 19th de agosto, 2010.

Estudar, pesquisar sempre foi uma paixão. Adquirir conhecimento seja talvez uma das minhas maiores atividades e vícios. 2009 veio com a criação de um novo núcleo de pesquisa no curso de Design Gráfico da Ufes: Nigráfica, Núcleo de Identidade Gráfica Capixaba. O núcleo representava avanço e crescimento para o curso e uma oportunidade para eu ingressar numa atividade de pesquisa em Design. Um novo período começa, e agora, estou participando do Nigráfica. Dedicando doze horas do meu horário, fazendo algo que realmente me satisfaz.
Estou pesquisando o acervo do Ifes, da Antiga escola Técnica de Vitória. Meu primeiro dia no acervo foi memorável. Deparei-me com muitas caixas, pastas e não sabia por onde começar. Então escolhi algumas e ao abri-las encontrei edições do Jornal “E.T.V” da época em que eram ministrados os cursos de tipografia e encadernação. Os jornais eram produzidos pelos próprios alunos: as matérias, textos, imagens, composição das páginas. Foi possível perceber como o jornal foi se estruturando com o tempo, alcançando prestígio dentro da instituição. Vi a evolução do jornal que passou a apresentar uma série de mudanças ao longo do tempo como a implantação de uma espécie de projeto gráfico com mudança no tamanho e grid, agora estabelecido por duas colunas. Também estabeleceram tipografias fixas na composição dos títulos com textos correspondentes que antes não existiam e a criação de seções fixas para o jornal. O prestígio alcançado é denunciado pelo aumento progressivo de páginas e, também, por matérias escritas pelos próprios alunos responsáveis pelo jornal comentando o sucesso do “E.T.V”. Passei a tarde inteira lendo edições do jornal. Analisando a composição das páginas e as seqüentes mudanças ao longo das edições. Em meios aos “empastelamentos” naturais da composição por linotipia, consegui registrar muitos nomes de possíveis contatos para maiores informações. Também pude conhecer a história de uma escola por meio de ótimas crônicas e poemas escritos pelos próprios alunos – matérias maravilhosas – em especial, a “homenagem a Ottmar Mergenthaler, o inventor da linotipo”, contando a história da linotipo e sua inserção no Brasil e no nosso Estado.
Aqui inicio minha pesquisa no Nigrafica, ajudando a construir, registrando e analisando fatos que possam traçar a História do Design no Espírito Santo.
Daniel Dutra Gomes — Agosto/2010

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