A produção do jornal “E.T.V.”

quarta-feira, 3rd de novembro, 2010.

Redação do ETV

Redação do ETV


Na edição de número 22 do Jornal da Escola Técnica, a seção P.R.G.4 Rádio Clube da E.T.V apresenta uma matéria sobre a trabalho da produção do informativo.
Segue a transcrição da matéria:

Prezados ouvintes:
Bom dia!
Vamos fazer o “E.T.V.” …
Inegavelmente, poucas são as ocupações que nos agradam por completo, e, entre elas, está a leitura de um jornal, revista, suplemento, magazine ou coisa semelhante…
Se nos é agradável a leitura de um jornal, tanto mais aprazível nos será confeccioná-lo, apesar dos inúmeros impecilhos que , inevitavelmente surgirão, principalmente em se tratando de um órgão inteiramente escolar, como o “E.T.V.”
Êste pequeno pequeno jornal que o leitor amigo tem entre as mãos, embora não o pareça, trouxe aos que o editaram verdadeiros problemas!
Têm vocês uma idéia mais ou menos perfeita do que seja a edição de um jornal?
Façamos, aqui, uma síntese das operações pelas quais êste número de “E.T.V.” antes de ir ter às suas mãos amigas…
O primeiro, e talvez o mais sério de todos os problemas que nos apresentam, é o da redação.
Muito embora o “E.T.V.” tenha um corpo fixo de redatores, sempre existem muitos colaboradores espontâneos, desejosos de verem seus artigos nas páginas dêste mensário escolar. Daí o rigoroso trabalho de seleção que tem de ser feito em tôrno dessas colaborações, que, nem sempre, são de autoria daqueles que as apresenta. Isso se explica razoávelmente pelo fato de alguns dos «colaboradores» desejarem não só concorrer para o engrandecimento do seu jornalzinho, mas principalmente pelo prazer em ver seu nome subescrevendo um artigo no órgão que é o espelho das nossas atividades escolares.
Despois dessa cuidadosa seleção tanto na parte que se refere à qualidade, como no que diz respeito à “origem”, vem a correção.
Os artigos são depois enviados à Tipografia e inicia-se a composição, trabalho que pode ser feito na máquina linotipo  ou a mão, com o auxílio do componedor, sendo que pelo último processo dá muito trabalho.
Uma vez compostos, os artigos vão, em forma de chapa, para a mesa de paginação. O serviço de paginação é feito conforme a natureza do assunto, adicionando-se clichês, adequados e significativos.
Depois de pronta a página, tira-se uma prova para a revisão. Que trabalho penoso, meus leitores! Perguntem só a Carlos Rosa, Décio, Ciro…
Feito isso, leva-se a página para a máquina de impressão horizontal ou vertical, e, depois de convenientemente ajustada, vem a impressão.
Impressas e sêcas, as páginas passam à seção de encadernação …São dobradas e arrumadas em ordem numérica.
Enfim, está pronto o nosso jornalzinho para a expedição. Mas não vão pensar os distintos leitores que se resume estritamente nisso a confecção de um jornal.
Existem inúmeras particularidades técnicas que aparecem na edição de um órgão e, às vezes são motivos de tortura para o tipógrafo anônimo. É uma escola de paciência e resignação.
E agora, amigos leitores do “E.T.V.”, que já estão, em parte, inteirados das dificuldades que surgem a todo momento em nossa oficina tipográfica, sejam condescendentes!
Hélio Pôrto de Oliveira
Da série do C.I. de M.M.

 

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