Entrei recentemente no Nigráfica e já constatei a importância da atividade realizada pelo Núcleo. Pesquisando sobre a nossa identidade gráfica estamos buscando a nossa história, aquilo que somos e o que já fomos. Neste inicio de pesquisa, estou fazendo visitas e levantamento sobre a revista do Instituto Histórico Geográfico do Espírito Santo (IHGES). Descobri, em alguns exemplares, as modificações coincidindo com o período histórico vivido em nosso Estado. Os fatos históricos parecem ter se refletido nos impressos, por isso achei importante pesquisar um pouco sobre a história do IHGES.
O Instituto foi idealizado por Carlos Xavier Paes Barreto, Archimino Martins de Mattos e Antonio Francisco Athayde e foi fundado em 1916 tendo como o objetivo o levantamento e conservação da memória e das tradições do Estado do Espírito Santo. Interessante, pois vi logo uma semelhança com o nosso Núcleo, quando trabalhamos no resgate da memória gráfica capixaba. O IHGES propôs-se inicialmente a coletar e conservar documentos e outros registros de interesse que foram desde logo divulgados por meio de sua revista, cujo primeiro número é de 1917.
Conseguiu uma sede própria em 1925, em um prédio doado pelo Poder Público Estadual e desde a fundação funciona ininterruptamente, salvo o período entre o final dos anos 60 e o início dos 80, quando se deu uma ampla reforma na sua sede social. Por meio de recursos públicos e privados, vem realizando inúmeras atividades de caráter cultural e continua a editar a que é a mais antiga revista ainda em circulação no Espírito Santo, despertando em nós curiosidade em relação aos aspectos gráficos de revista de tão longa duração. As edições já contam com mais de sessenta números publicados, hoje já registrada como periódico de natureza científica.
Estes dados trazem para o Nigráfica informações básicas sobre o IHGES sabendo que ele conserva e divulga cultura há quase um século, através de um recurso gráfico que nos interessa – a revista – plena de dados para nossa pesquisa sobre a identidade gráfica capixaba.
Paulo Reckel — Julho 2010/2
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