Postado por ladht em 02/08/2010
Quando comecei a fazer parte do Nigráfica, recebi como atividade realizar o levantamento de revistas produzidas no Espírito Santo que estivessem disponíveis na Biblioteca Estadual. A princípio, pensei que seria uma tarefa fácil e quase automática. Mas logo na primeira visita a Biblioteca, deparei-me com um universo inteiramente novo e percebi na prática a importância da existência desse Núcleo.
Fiquei admirada com a diversidade de revistas feitas no Estado em diferentes décadas: entre um título e outro, notei a grande riqueza dos espécimes gráficos encontrados, cheios de características, com temáticas diversas. Senti que outras pessoas também deveriam conhecer o que eu estava encontrando. Além de registrar o comportamento e as noticias da sociedade capixaba, essas revistas são fontes riquíssimas para análise gráfica, tanto as mais antigas quanto as mais atuais. Vi que um trabalho deste tipo desenvolve certo apuro visual: observando e fotografando a capa de cada um dos títulos, fiz pequenas anotações pessoais sobre a diagramação de algumas delas. (mais…)
Postado por ladht em 28/07/2010
Entrei recentemente no Nigráfica e já constatei a importância da atividade realizada pelo Núcleo. Pesquisando sobre a nossa identidade gráfica estamos buscando a nossa história, aquilo que somos e o que já fomos. Neste inicio de pesquisa, estou fazendo visitas e levantamento sobre a revista do Instituto Histórico Geográfico do Espírito Santo (IHGES). Descobri, em alguns exemplares, as modificações coincidindo com o período histórico vivido em nosso Estado. Os fatos históricos parecem ter se refletido nos impressos, por isso achei importante pesquisar um pouco sobre a história do IHGES.
O Instituto foi idealizado por Carlos Xavier Paes Barreto, Archimino Martins de Mattos e Antonio Francisco Athayde e foi fundado em 1916 tendo como o objetivo o levantamento e conservação da memória e das tradições do Estado do Espírito Santo. Interessante, pois vi logo uma semelhança com o nosso Núcleo, quando trabalhamos no resgate da memória gráfica capixaba. O IHGES propôs-se inicialmente a coletar e conservar documentos e outros registros de interesse que foram desde logo divulgados por meio de sua revista, cujo primeiro número é de 1917. (mais…)
Postado por ladht em 27/07/2010
Pesquisando sobre componentes da identidade que constituem a memória gráfica capixaba, descobriu-se que no ano de 1942 fundou-se na então recém nomeada “Escola Técnica de Vitória”, sob a direção de Antônio Carlos de Mello Barreto, o curso de Tipografia e Encadernação. Neste curso, os alunos aprendiam a arte gráfica da produção de impressos até sua finalização. Disciplina cursada juntamente com o ensino do colegiado.
Como obter certeza sobre o passado de algo é uma tarefa um tanto quanto complicada. A busca por informações que ajudem nesse processo de reconstrução deve ser incessante para que se obtenha êxito.
Curiosamente pesquisando o acervo do recém nomeado Instituto Federal do Espírito Santo – mais conhecido como Ifes – pôde-se encontrar diversos jornaizinhos produzidos pelos diferentes grêmios estudantis e gestões de imprensa existentes durante o processo de evolução da história da citada escola. (mais…)
Postado por ladht em 27/07/2010
A proposta de fazer uma pesquisa sobre o curso de Tipografia e Encadernação na então Escola Técnica de Vitória atual Ifes – Instituto Federal do Espírito Santo, surgiu há cerca de um ano quando eu cursava a disciplina “História do Design do Brasil” e, por coincidência, tomei conhecimento da existência desse curso, que teve início na década de 40 e funcionou até meados dos anos 60.
Até então, eu acreditava que o primeiro curso institucionalizado na área das artes gráficas no Espírito Santo seria o curso universitário de Desenho Industrial da Ufes, criado em 1998. O curso de Tipografia da escola técnica surgiu em 1942 num outro contexto, com a reorganização do ensino industrial nos moldes modernos da época e compatíveis com os anseios de progresso e comprometimento no desenvolvimento da indústria no Espírito Santo. Ele foi efetivado pela Lei Orgânica do Ensino Industrial. (mais…)
Postado por ladht em 27/07/2010
Em conversa com meu pai sobre o Núcleo Identidade Gráfica Capixaba – Nigráfica, e a minha atual relação com materiais gráficos antigos, ainda impressos em máquinas tipográficas, tomei conhecimento da existência de uma dessas máquinas em minha cidade natal, Alegre, localizada no sul do estado do Espírito Santo, que há não muito tempo ainda era responsável pela impressão do jornal oficial dos poderes executivo e legislativos da cidade, “O Alegrense”. Como bom alegrense e recente pesquisador interessado pela história da minha cidade, fui a campo para colher mais informações sobre a tal máquina.
Por indicação de meu pai, procurei Irene Domingues, antiga funcionária da prefeitura, para uma primeira entrevista. Nessa conversa um tanto informal de mesa de bar, consegui, em meio às várias histórias, pescar informações importantes para o início das minhas investigações. Descobri que a máquina tipográfica na época do seu uso, se encontrava na extinta gráfica da prefeitura. Também soube que a tiragem periódica dos jornais variou muito desde sua criação em 1911, mas que a máquina permaneceu a mesma até o fim da gráfica no primeiro mandato do ex-prefeito Dr. Djalma da Silva Santos, entre 2005 e 2008. Ireninha, como é conhecida na cidade, assumia as funções de corretora ortográfica e de prova do “O Alegrense” e desde que saiu da prefeitura, quando a gráfica foi fechada, não teve mais acesso aos seus antigos materiais de trabalho, deixando sem resposta, a pergunta que mais me intrigava: onde a máquina se encontrava naquele momento? (mais…)